O RAPPA


A banda que começou fazendo reggae como cover de Jorge Ben Jor, hoje é uma das maiores bandas brasileiras. Reconhecida principalmente pela forte presença do protesto nas composições, a banda luta contra a injustiça do país através da música.

O início se deu quase que por uma ocasião do destino. O cantor de reggae jamaicano Papa Winnie veio ao Brasil e precisava de uma banda de apoio. O grupo formado por Nelson Meirelles, Marcelo Lobato, Alexandre Menezes (Xandão) e Marcelo Yuka foi então a banda de apoio do cantor. Após vários shows bem-sucedidos, o quarteto resolveu continuar a carreira, mas precisavam de um vocalista.Através de um anúncio no jornal, e depois de muitos candidatos analisados, Marcelo Falcão foi o escolhido para ser o vocalista da banda, ainda sem nome. Referenciando o termo usado para designar os policiais que interceptam os camelôs, o nome “O Rappa” foi escolhido.

Com a formação completa, o quinteto lançou o primeiro CD, auto-intitulado, em 1994. O disco não obteve grande repercussão, o que só seria alcançado com o segundo álbum, “Rappa Mundi”.

Lançado em 1996, neste trabalho pode-se perceber claramente uma mudança drástica no som feito pela banda, que antes tinha suas raízes fincadas no reggae. A partir deste trabalho, o baixo passa a ser comandado por Lauro Farias, pois Nelson deixou a banda por motivos pessoais.

Alguns dos sucessos do disco que impulsionaram a carreira da banda foram “A Feira”, “Vapor Barato”, “Pescador de Ilusões” e a versão brasileira de “Hey Joe”, um grande sucesso de Jimmy Hendrix.

Três anos depois, o grupo lança “Lado B Lado A”, fazendo uma alusão às diferenças sociais existentes na sociedade.

Letras com teor de protesto ainda mais forte e um som feito da mistura de vários ritmos, como reggae, funk, rap e samba, fizeram do disco um verdadeiro sucesso de crítica e de público. A música “A Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)”, composta por Yuka, foi o primeiro single do disco, e estourou no Brasil inteiro, tornando-se uma das marcas da banda.

Além desta, vieram também os sucessos “O Que Sobrou Do Céu”, “Tribunal de Rua”, relatando uma história verídica, e a faixa-título.O próximo álbum, “Instinto Coletivo”, foi um duplo gravado ao vivo em 2000 e lançado um ano depois, é o primeiro trabalho da banda produzido por Tom Capone.

O grande destaque é a música “Ninguém Regula a América”, que contou com a participação da banda Sepultura.

No mesmo ano do lançamento de “Instinto Coletivo”, o baterista Marcelo Yuka foi baleado e ficou paraplégico.

Depois de dois anos na banda, trabalhando como produtor e ainda como compositor, Yuka decide deixar O Rappa para dedicar-se ao projeto e à banda F.U.R.T.O. No lugar do ex-integrante, Marcelo Lobato assume a bateria, e seu irmão, Marcos Lobato, torna-se o tecladista colaborador, porém sem entrar oficialmente na banda. “O Silêncio Que Precede O Esporro” foi o primeiro disco da banda sem o baterista Yuka.

Trouxe composições de Marcos Lobato, que se tornou o principal compositor, como as músicas “Reza Vela” e “Rodo Cotidiano”.Em 2005, gravam mais uma compilação ao vivo. Desta vez à convite da MTV, gravaram o álbum “Acústico MTV – O Rappa”, que trouxe a novidade “Na Frente do Reto”.

Três anos depois, a banda lança o mais recente disco, “7 Vezes”, com os singles “Monstro Invisível” e “Meu Mundo é o Barro”.